12 de janeiro de 2012

"Um jornal português em Inglaterra" dirigido ao Brasil

"Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça foi o jornalista mais influente do Brasil no período anterior à Independência. Seu jornal, o Correio Braziliense, áspero crítico do governo, contribuiu para a formação da consciência nacional. Vários de seus escritos não perderam atualidade. Como disse Afonso Arinos de Mello Franco, “ainda hoje ficamos admirados com a precisão do julgamento de Hipólito”.
Hipólito nasceu em 25 de março de 1774, na Colônia do Sacramento, então um enclave português às margens do Rio da Prata e que agora forma parte do Uruguai. Estudou em Porto Alegre e se formou em direito e filosofia em Coimbra. O governo português o enviou aos Estados Unidos com a missão de estudar o cultivo de plantas úteis ao Brasil, a mineração e a indústria do país. Dessa viagem, que durou dois anos, resultou a sua filiação à maçonaria e o contato direto com a democracia e a liberdade de expressão, que contribuiriam de maneira decisiva para sua formação política. Em Lisboa, onde chegou em fins de 1800, foi nomeado diretor da Impressão Régia.
Em 1802, viajou a Londres com a missão de adquirir livros para a Biblioteca Pública e material para a Impressão Régia. Fez contato com os maçons ingleses, principalmente o príncipe Augustus Frederick, duque de Sussex, sexto filho do rei George III, irmão do rei William IV e alto cargo da maçonaria britânica. Ele seria seu protetor. Quando retornou a Lisboa, Hipólito foi preso por ser maçom e transferido para a prisão do Santo Ofício. Conseguiu fugir três anos depois, chegando a Londres em 1805 através de Gibraltar. (...) 

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11 de janeiro de 2012

Fontes de Imprensa na Hemeroteca Digital de Lisboa

 


A Hemeroteca Digital de Lisboa, aqui já váris vezes referenciada, tem sido uma das instituições que tem vindo a fazer uma grande aposta na digitalização e disponibilização de coleções, nomeadamente de publicações períodicas, que muito interesse têm para quem se dedica à História dos Media. No balanço que acaba de divulgar, relativo ao ano de 2011, é possível ter um olhar panorâmico do que foi feito no ano findo. De novo, o estudioso, nomeadamente o que vive longe de Lisboa, encontra sobejos motivos de interesse na documentação que foi colocada em linha. Aqui fica o mais relevante:

«i) demos continuidade à divulgação de colecções do fundo local, com a disponibilização em linha de títulos como a Gazeta de Lisboa (anos de 1715 a 1720) e a Crónica Constitucional de Lisboa (1833);

ii) colocámos em linha novas colecções de jornais e revistas, caídas em domínio público, como os jornais humorísticos A bomba (1912), A comedia portugueza (1888-1889; 1902), A sátira (1911) e A Risota (1908), revistas culturais e literárias, como a Gazeta literária (1761-1762), Ave Azul (1899-1900), Alma nova (1915-1918) e Sudoeste (1935), e políticas, como a Ordem nova (1907), A Monarchia (1916) e Nova silva (1926-1927);

iii) disponibilizámos alguns anos de jornais retirados da consulta para restauro: o Diário de Lisboa (1.º semestre de 1935), o Diário Popular (Abril a Junho de 1955 e 1.º semestre de 1956);

iv) assinalámos efemérides, com colocação em linha de conteúdos sobre Fialho de Almeida, Ressano Garcia, Manuel da Fonseca e Alves Redol ou o Centenário do Congresso de Turismo;

v) privilegiámos a acessibilidade aos nossos conteúdos digitais, tornando mais intuitiva a navegação no nosso sítio Web, iniciando o trabalho de harmonização da paginação das colecções digitais com a dos originais, e criando dois novos índices - Índice Cronológico e Índice Geográfico - que vêm juntar-se ao já existente Índice de títulos de publicações periódicas digitalizadas

4 de janeiro de 2012

Dos dados à informação e ao conhecimento

A pergunta é pertinente. É colocada num post de há dias de Laurent François em Twitterstories and memory:

Yesterday, I browsed 2011 year in tweets thanks to Twitterstories. Some conclusions:
  • I had already forgotten 70% of what’s happened according to this tool; how will historians do to include our social statements in 50 years?

3 de janeiro de 2012

Biblioteca Digital de História dos Media - 2

Vale a pena regressar aos locais onde fizemos descobertas, sobretudo quando eles não ficaram parados no tempo e se renovaram, enriqueceram, alargaram e tornaram ainda mais interessantes. Os interessados na história do cinema, da fotografia, da televisão e do registo sonoro encontrarão na The Media History Digital Library uma mina absolutamente imperdível. Os autores deste projecto de acesso livre promovem a digitalização de coleções que apenas estavam disponíveis em bibliotecas e que agora podem ser acedidas de qualquer parte em que se possa aceder à Internet. Livros, revistas, filmes, além de um blog relevante para a história do cinema, da TV, da rádio, além das tecnologias da informação e do divertimento são a oferta que é possível encontrar. Eis uma porta de entrada para perceber o leque de coleções disponíveis:
All Collections (1904-1973)
Hollywood Studio System Collection (1918-1948)
Fan Magazines (1914-1940)
Early CinemaEarly Cinema Collection (1904-1918)
Year Book Collection (1922-1963)
Broadcasting Collection (1922-1957)
Non-Theatrical Film Collection (1920-1973)
Technical Journals Collection (1929-1954)