29 de abril de 2010

Alfred Hitchcock morreu há 30 anos.F

Faz hoje 30 anos que faleceu em Los Angeles Alfred Hitchcock, o grande cineasta do suspense. De nacionalidade britânica, iniciou a sua carreira em 1919, desenhando em filmes mudos. Ao longo da vida escreveu guiões, trabalhou nos bastidores, foi realizador. Na sua filmografia surgem largas dezenas de obras, algumas delas de culto. A série abre em 1934 com "O Homem que Sabia Demais". Mas é impossível esquecer filmes como “Vertigo”, “Psycho” e “Os Pássaros”.
Dez anos antes da morte, num seminário do American Film Institute, Hitchcock explicou deste modo a sua visão do que era o suspense, elemento fundamental dos seus fi lmes:
“Há uma grande confusão entre mistério e suspense, coisas que estão a milhas de distância. Mistério é um processo intelectual (quem fez algo?), enquanto o suspense é um processo emocional. Só se pode ter suspense, dando informação à audiência. Há muitos filmes com coisas misteriosas, em que demoramos muito a perceber o que se passa. Para mim isso é um desperdício - porque não há emoção”.
(Fonte: Página 1 /RR, 29.4.2010)

22 de abril de 2010

Para a história dos computadores



Em "The History of Computers in a Nutshell", faz-se um percurso no tempo, bem ilustrado com imagens, da evolução dos computadores e da computação, remontando até ao séc.XIX.

20 de abril de 2010

Do velho fazer novo

A perspectiva temporal e a singularidade histórica dos objectos familiares pode ser captada de forma surpreendente, como acontece neste extraordinário vídeo que anuncia "um produto" também ele "extraordinário":

A tecnologia e a história dos novos media

Está acessível um capítulo de Patrice Flichy intitulado "New Media History", no qual o autor se interroga: "Será a tecnologia que conduz a História?". Resumidamente, explica o âmbito e o objectivo:
"Many histories of information and communication could be written: the history of institutions and firms, the history of programmes and creative works, the history of techniques, and the history of practices and uses which, in turn, can be related to that of work and leisure but also to that of the public sphere. All these histories are related to very different fields of social science, and the information and communication sector is far too vast to present all these perspectives here. I have chosen to take as the main theme of this chapter the question of relations between ICTs and society. With this point of view we are at the heart of a number of debates: debate on the effects of communication, which for a long time mobilized sociologists of the media; extensive debate on determinism among historians of techniques; and debate around the sociotechnical perspective which has now been adopted by most sociologists of science and technology."

17 de abril de 2010

175 anos do mais antigo jornal português


O jornal 'Açoriano Oriental', o mais antigo jornal português e o segundo mais antigo da Europa em publicação, festeja amanhã 175 anos de vida.
As comemorações do 175.º aniversário do matutino incluem, em Maio próximo, a realização de um colóquio sobre o "Futuro da Imprensa Regional", sendo que em Novembro será lançado um livro sobre a história do Açoriano Oriental até ao final do século XX.
(Fonte: DN)

Ver também:
JN: O jornal mais antigo
DN: janela dos Açores há 175 anos

15 de abril de 2010

75 anos de serviço público de rádio em Portugal

A publicação do livro “A História da Rádio Pública em Portugal”, que está a ser preparado por uma equipa de investigadores liderada pelo jornalista Joaquim Vieira; o início do processo de digitalização do arquivo da rádio; e a realização, em Outubro, da conferência ‘A História da Rádio Pública em Portugal’, no qual deverão ser apresentadas as conclusões de um estudo qualitativo que analisa a eficácia da mensagem radiofónica e a dimensão social da rádio”. Estas são algumas das formas de assinalar os 75 anos da rádio pública em Portugal, ontem reveladas pelo director de programas das antenas nacionais da RDP, Rui Pêgo.
A evocação passa ainda pela emissão de programas específicos. Neste âmbito, Rui Pêgo dá destaque aos programas “27 mil dias de Rádio” – que são “75 anos contados da história e evolução de Portugal e do mundo” – e “Os anos da rádio”, que “vai tentar mostrar algumas das grandes produções feitas na rádio ao longo dos anos”, ambos da Antena 1. “Na Antena 2 estamos já a emitir ‘O gosto pela música’, um programa criado em 1956 e emitido durante 30 anos, em que se conversa sobre música, vamos reemitir peças de teatro radiofónico realizadas ao longo de 40 anos e o concerto com os laureados do prémio Jovens Músicos, realizado este ano nos Açores”, revelou o responsável."

Fonte: Meios & Publicidade

11 de abril de 2010

Espólio de 'O Primeiro de Janeiro' à venda



Espólio do jornal 'O Primeiro de Janeiro' à venda , titula hoje o Diário de Notícias. A matéria refere-se à decisão judicial de vender o arquivo fotográfico e uma colecção daquele matutino portuense, para fazer face a dívidas a diferentes credores.
Segundo o DN, «entre os bens a vender está o arquivo fotográfico do jornal, "constituído por um conjunto considerável de envelopes numerados, contendo inúmeras fotografias, desenhos e gravuras e no verso anotações do evento e/ou das personagens nelas registadas, avaliado em 55 mil euros". Também à venda está o arquivo histórico do jornal, "constituído pelo conjunto de todos os espécimes publicados no jornal O Primeiro de Janeiro desde a sua fundação (1868), encadernado em pele até ao ano de 2003 e o restante em avulso", avaliado em 160 mil euros»
«
O Primeiro de Janeiro - ainda segundo o DN - nasceu a 1 de Dezembro de 1868, mais de uma década depois do surgimento de O Comércio do Porto e quatro anos após o lançamento do DN. Em 2008, o jornal Primeiro de Janeiro suspendeu a sua publicação, após o despedimento colectivo de toda a redacção, regressando às bancas poucos dias depois pela mão de Rui Alas, ex-director do suplemento desportivo daquele órgão, e quatro jornalistas do mesmo suplemento».

8 de abril de 2010

"O parêntesis de Gutenberg"

Há quem veja a era em que estamos a entrar, marcada pelas novas possibilidades tecnológicas de interacção, de conversação, de oralidade, como uma espécie de regresso à era pré-Imprensa, tomando os séculos que se seguiram, marcados pelo impresso, como um intervalo. Vale a pena, a este propósito, ler este texto:http://j.mp/9lR8B2: "The Gutenberg Parenthesis: Thomas Pettitt on parallels between the pre-print era and our own Internet age", de Megan Garber".

O conceito de "parêntesis de Gutenberg" foi proposto por Tom Pettitt, Professor de Inglês, na Universidade do Sul da Dinamarca e usado numa conferência do MIT sobre , "Folk Cultures and Digital Cultures". ("Before the Gutenberg Parenthesis: Elizabethan-American Compatibilties" Tom Pettitt)

3 de abril de 2010

iPad à venda - "o fim da História" para os livros?



Na página de opinião do New York Times, comenta-se o lançamento no mercado do novo gadget da Apple, o iPad, nestes termos:
The End of History (Books): "TODAY, Apple’s iPad goes on sale, and many see this as a Gutenberg moment, with digital multimedia moving one step closer toward replacing old-fashioned books.

Speaking as an author and editor of illustrated nonfiction, I agree that important change is afoot, but not in the way most people see it. In order for electronic books to live up to their billing, we have to fix a system that is broken: getting permission to use copyrighted material in new work. Either we change the way we deal with copyrights — or works of nonfiction in a multimedia world will become ever more dull and disappointing.
(...) "

Para continuar a ler: AQUI

2 de abril de 2010

Sinais de comunicação humana com 60.000 anos


"Será que essas linhas gravadas em ovos de avestruz há 60.000 anos (ver foto) serão os primeiros sinais de seres humanos que usam a arte gráfica para comunicar?".
A pergunta surgia, no mês passado, na revista New Scientist (ed. nº 2750), a propósito das gravuras descobertas em 270 fragmentos de casca de ovo, no Shelter Rock Diepkloof, no Cabo Ocidental, África do Sul.
"Até recentemente - nota a New Scientist - a primeira evidência consistente de comunicação simbólica provinha das formas geométricas que aparecem ao lado de arte rupestre de todo o mundo, que datam de 40.000 anos atrás (New Scientist, 20.2.20010, p 30). Descobertas mais antigas, como os pedaços de ocre gravados, da caverna de Blombos, na África do Sul, com 75.000 anos, têm sido raros e difíceis de distinguir de rabiscos sem sentido".
Para Pierre-Jean Texier, da Universidade de Bordeus, e para a sua equipa, que tem trabalhado no terreno, o facto de estes vestígios, sempre os mesmos, se repetirem ao longo de pelo menos 5000 anos, mostra que estamos perante "uma marca característica da comunicação simbólica e um sinal do pensamento humano moderno".

[Foto: Pierre-Jean Texier/Diepkloof Project]